outubro 13, 2009

Clippings de All-Girlzine

“Assim, passo a louvar, em primeiro lugar, o gesto de Daniel Maia em editar este All-Girlzine, “Banda Desenhada Portuguesa no Feminino” (…). Em primeiro lugar, porque o Maia está, conjuntamente com toda uma série de outros editores, e dos modos mais diversos (…) em permanente busca de soluções editoriais que trilham os seus próprios caminhos, sem uma centralidade de preocupações meramente comercial.
Estes gestos não me parecem ser feitos “contra” o incipiente mercado nem “contra” as grandes editoras, mas simplesmente num paralelo algo desviado (…). Mais, e concretamente sobre o All-Girlz, o objecto é muito simpático, impresso a preto e branco de uma forma que é melhor com algumas histórias (…) do que outras (…), com uma trintena de [folhas], e uma capa a cores...”

“A antologia apresenta-se como bastante democrática, não havendo qualquer tipo de limitação em termos de temas ou forma, de idades ou dos currículos das participantes. Assim, surgem-nos pessoas com algum renome no mundo da ilustração e jovens, outras com alguma experiência no mundo dos zines, e ainda algumas desconhecidas de um maior público, mas cujos passos no mundo da banda desenhada não são nada titubeantes.”

"Em suma, mais um gesto salutar e bem-vindo em termos de edição, e política, sem dúvida, mas que em estritos termos estéticos – que são aqueles que mais me parecem ser os que deverão ser cultivados – não trilha os caminhos mais arriscados... Talvez mesmo a grafia do zine, “girlz”, diga muito dessa atitude, quando o que se sonharia era com mais “grrrrls”.”
-- Pedro Vieira Moura, in lerbd.blogspot.com

“Allgirlzine #1 (Daniel Maia; Abr'06) é mais uma experiência de colocar em papel (de registo e de incentivo) BD feita por autoras - há uma década o Azul BD3 fez 2 números com o mesmo objectivo, embora houvesse uma forte participação de autoras estrangeiras. Neste, vamos encontrar BD infantiloíde e juvenil, e não é por acaso que as melhores BD's são de duas jovens adultas: Carla Pott (com texto de Alain Corbel) e Rosa Baptista.”
-- Marcos Farrajota, in chilicomcarne.com

“O ponto alto do último fim-de-semana do 2º Festival Internacional BD de Beja (…) será a apresentação do primeiro número da revista “All-Girlzine”, que tem a particularidade de ser integralmente preenchida com trabalhos de autoras nacionais, para “mostrar que, embora faltem produções, não faltam artistas femininas na área, nem são as suas propostas desprovidas de mérito”, explica Daniel Maia, o responsável do projecto, também ele desenhador de BD.”
-- Pedro Cleto, in Jornal de Noticias

“O n.º1 do “All-Girlz” merece bem a atenção dos fãs da BD. Muito bem produzido, contempla, no seu final, uma breve e preciosa apresentação das (e dos) participantes (texto “All-Girlz de A a Z). A qualidade dos trabalhos apresentados é um pouco díspar.

Graficamente, destacam-se Carla Pott (obra com guião de Alian Corbel, em “A Viagem de Guida”), que revela um notável sentido ilustrativo – a autora, nascida em Moçambique, teve formação em Ilustração e Gravura (em Praga), revelam as notas, que apenas confirmam um potencial óbvio. “O Mensageiro”, de Andreia Rechena é também uma obra gráfica e conceptualmente mente madura. A autora estudou Tecelagem e Serigrafia e, mais tarde, Ilustração e Banda Desenhada. Outra das propostas que nos agradou muito foi “Diário de um diletante”, de Cláudia Dias, que apresenta uma peça produzida com uma técnica litográfica que sublinha o contraste preto e branco. A autora, estudante de Design, tem também formação em Banda Desenhada. E embora não se trate propriamente de BD, pois não há aqui nada de pelo menos obviamente sequencial, também se destaca o contributo de Ana Biscaia, “Rosa que Fuma”, que usa aqui uma técnica de raspagem sobre um fundo preto, à maneira da xilogravura.”
-- Luís Chambel, in Jornal A Voz de Ermesinde

“Ora aí temos, no universo fanzinístico lusitano, um espécime de elevado nível estético. Essa é a primeira constatação a fazer-se, perante o objecto gráfico que se apresenta sob o título ligeiramente irónico (no que concerne à apresentação da grafia) de ALL-GIRLZine. A constatação seguinte é a de que o seu editor não teve a preocupação provinciana - muito comum entre os faneditores portugas - de lhe chamar revista, objecto pertencente a um mundo totalmente diferente, mercantilista e pragmático, a que os fanzines são alheios.

Este número inicial contou com a colaboração de: Ana Biscaia, Ana Freitas, Andreia Rechena, Carla Pott (autora com prestígio na área da Ilustração, aqui em estreia na BD, seja bem-vinda), Cláudia Dias, Joana Lafuente, Joana Pereira, Joana Sobrinho (que teve direito a cores nas interessantes três tristes tiras publicadas na contra-capa), Rosa Baptista, Sara Mena Gomes. E, segregados, em lista separada, os homens-intrusos (além do editor, claro…) Alain Corbel e Ricardo Silva, fornecedores de argumentos (para Carla Pott e Sara Mena Gomes, respectivamente).”
-- Geraldes Lino, in FanzinesdeBandaDesenhada.blogspot.com

“O título é All-Girlzine e trata-se de um fanzine no feminino. São histórias curtas em banda desenhada feitas por mulheres portuguesas, o que é raro. Na verdade, só isto é motivo suficiente para adquirir e colocar na estante dos destaques.”
-- Adalberto Barreto, in bibliotecárioanarquista.blogspot.com

“La publicacíon pretende mostrar a la comunidad aficionada al cómic y a los lectores que, a pesar de que falten producciones, no faltan artistas femeninas en el medio, ni están sus propuestas desprovistas de mérito. La nueva generacíon de mujeres dibujantes traenm además, temáticas y trazos tan hábiles o mejores que los de [los autores], razón por la que All-Girlz estai compuesto mayoritariamente por trabajos de autoras.”
-- Homedareia, in fac-maq.com

“(…) É uma boa ideia. Embora a BD seja universal, não se justificando uma separação de sexos, esta pode ser uma forma de estimular a produção de BD por parte das autoras. Tudo o que seja divulgar a [banda desenhada] representa uma mais-valia.”
-- Luís Graça, in kuentro.weblog.pt.vu

“Quem disse que as mulheres não desenhavam BD? Aqui está uma iniciativa para divulgar o trabalho feminino em Portugal. Todas as profissionais ou amadoras poderão participar.”
-- Celtic-Warrior, in areanegativa.blogspot.com

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